Um homem acusado injustamente por um homicídio ocorrido em 2013, em Maceió, foi absolvido após mais de uma década respondendo pelo crime. A decisão foi proferida durante um novo julgamento realizado em maio deste ano, após a anulação da sentença anterior. Segundo a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), o acusado chegou a cumprir…
Um homem acusado injustamente por um homicídio ocorrido em 2013, em Maceió, foi absolvido após mais de uma década respondendo pelo crime. A decisão foi proferida durante um novo julgamento realizado em maio deste ano, após a anulação da sentença anterior.
Segundo a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), o acusado chegou a cumprir cinco anos de prisão por um crime que não cometeu. “Foi um caso sensível e triste. Ele foi injustamente acusado com base no depoimento de uma única testemunha, que mencionou um nome parecido. A diferença era de apenas uma letra. Isso foi suficiente para causar anos de sofrimento e injustiça para ele e sua família”, destacou a defensora pública, Heloísa Bevilaqua da Silveira.
Durante o novo julgamento, realizado mais de 11 anos após o crime, a defensora pública Heloísa Bevilaqua da Silveira demonstrou aos jurados que a identificação do réu havia sido equivocada. A própria testemunha admitiu em plenário que o homem acusado não era a pessoa que viu na cena do homicídio.
O crime aconteceu em 2013, quando a vítima foi atingida por vários disparos de arma de fogo. O acusado, que havia sido preso anteriormente por um caso posteriormente desclassificado para uso de drogas, mas tinha sido incluído entre os suspeitos.
“Durante o primeiro julgamento, a testemunha já havia afirmado que a pessoa que ela viu não era o assistido. Ela chegou a descrever um homem com cerca de 1,60m de altura, enquanto o nosso cliente mede aproximadamente 1,80m. Mesmo assim, a acusação insistiu em novo reconhecimento – e, mais uma vez, a testemunha confirmou com firmeza que ele não participou do crime”, relatou a defensora.