O ministro das Finanças alemão, Lars Klingbeil, no plenário do Bundestag — Foto: Nadja Wohlleben/Reuters
O ministro das Finanças alemão, Lars Klingbeil, afirmou que a União Europeia deve tomar medidas “decisivas” contra os Estados Unidos caso as negociações tarifárias fracassem em meio a uma guerra comercial crescente. “Se uma solução negociada justa não for bem-sucedida, devemos tomar contramedidas decisivas para proteger empregos e empresas na Europa”, disse Klingbeil ao jornal alemão “Süddeutsche Zeitung”. …
O ministro das Finanças alemão, Lars Klingbeil, afirmou que a União Europeia deve tomar medidas “decisivas” contra os Estados Unidos caso as negociações tarifárias fracassem em meio a uma guerra comercial crescente.
“Se uma solução negociada justa não for bem-sucedida, devemos tomar contramedidas decisivas para proteger empregos e empresas na Europa”, disse Klingbeil ao jornal alemão “Süddeutsche Zeitung”.
No sábado (11), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas tarifas de 30% para o México e a União Europeia (UE). A medida está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.
Para Klingbeil, as tarifas impostas pelo governo Trump ameaçam a economia dos EUA tanto ou mais que a economia europeia.
“Nossa mão continua estendida, mas não vamos concordar com tudo”, acrescentou.
Até o momento, pelo menos 25 notificações já foram enviadas pelo republicano a seus parceiros comerciais. Veja a lista de países ao final desta reportagem.
Na carta enviada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump afirmou que a carta demonstra a “força e o compromisso” dos Estados Unidos em continuar suas relações comerciais com o bloco europeu, apesar dos déficits comerciais registrados pelo país.
“Tivemos anos para discutir nossa relação comercial com a União Europeia e concluímos que devemos nos afastar desses déficits comerciais persistentes e prolongados, causados por políticas tarifárias e não tarifárias da União Europeia. Nosso relacionamento tem sido, infelizmente, longe de ser recíproco”, afirma o republicano na carta.
Nesse caso, além de definir a taxa em 30%, com vigência a partir de 1º de agosto, o presidente norte-americano também afirmou que os produtos transbordados — ou seja, que são reexportados para outro país —estarão sujeitos à tarifa mais elevada e reivindicou a abertura dos mercados europeus para os EUA.
A taxação vem após o republicano afirmar que caminhava nas negociações com a UE. Segundo já indicado pela liderança do bloco, a expectativa é que a União Europeia feche um acordo bilateral com os Estados Unidos antes de 1º de agosto, com concessões para setores de exportação considerados importantes — como aeronaves, equipamentos médicos e bebidas alcoólicas.