A Justiça de Alagoas determinou, nesta segunda-feira, 04, a internação de uma mulher de 51 anos acusada de perseguir uma família dentro de um shopping localizado no bairro de Cruz das Almas. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada nesta manhã, após a mulher ser presa em flagrante pelo crime de stalking no…
A Justiça de Alagoas determinou, nesta segunda-feira, 04, a internação de uma mulher de 51 anos acusada de perseguir uma família dentro de um shopping localizado no bairro de Cruz das Almas. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada nesta manhã, após a mulher ser presa em flagrante pelo crime de stalking no último domingo, 03.
Conforme a decisão judicial, a acusada foi encaminhada ao Hospital Escola Portugal Ramalho, referência no tratamento de transtornos mentais no estado. O transporte foi realizado por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
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Durante a audiência, o magistrado, baseado no artigo 4º da Resolução 487/2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que trata da Política Antimanicomial no âmbito do sistema de justiça criminal, determinou a suspensão da audiência de custódia e o encaminhamento da acusada para análise psicológica por parte da equipe de Avaliação e Acompanhamento das Medidas Terapêuticas Aplicáveis à Pessoa com Transtorno Mental em Conflito com a Lei (EAP). Após essa análise, o Judiciário decidirá sobre a situação processual da custodiada.
“Diante do exposto, verifica-se a necessidade de suspensão da presente audiência de custódia, nos termos do artigo 4º e seguintes da Resolução 487/2023, devendo a autuada ser encaminhada, pelo SAMU, ao Hospital Portugal Ramalho, devendo ainda ser submetida a avaliação psicológica pela equipe da EAP, após a qual será analisada a situação processual da custodiada.”, decide o juiz.
A mulher é médica, formada pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) em 1999. Ela foi presa no último domingo, 03, pelo crime de Stalking.
Segundo a denúncia, uma família passeava no shopping com uma bebê de sete meses quando a suspeita forçou a aproximação e insistia em pegar a criança no colo, o que irritou a mãe e o pai. Ainda segundo uma tia da criança, em determinado momento, foi necessário que o pai empurrasse a acusada, que insistia no contato.
A família acionou a segurança do shopping, que chamou a Polícia Militar. A suspeita, que alega sofrer transtornos psicológicos, apresentou versões contraditórias ao delegado plantonista e acabou autuada em flagrante.
