Um dos alvos da Operação Rejeito, desencadeada pela Polícia Federal, conseguiu deixar Alagoas, mas acabou preso em Belo Horizonte (MG). Ele é um dos acusados de fazer parte de uma organização criminosa especializada em crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro. A PF de Alagoas informou que três mandados de busca e apreensão foram cumpridos…
Um dos alvos da Operação Rejeito, desencadeada pela Polícia Federal, conseguiu deixar Alagoas, mas acabou preso em Belo Horizonte (MG). Ele é um dos acusados de fazer parte de uma organização criminosa especializada em crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro.
A PF de Alagoas informou que três mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital alagoana, Maceió. Contra o acusado, existiam dois mandados de prisão a serem cumpridos em Maceió. Contudo, durante a ação, em cooperação com a PF/MG, o acusado não foi localizado no local indicado. Ele foi preso posteriormente na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Ao todo, foram cumpridos 79 mandados de busca e apreensão, 22 mandados de prisão preventiva, afastamento de servidores públicos, bloqueio/sequestro de ativos no valor de R$ 1,5 bilhão e suspensão das atividades das pessoas jurídicas envolvidas, conforme determinação de Colegiado de magistrados da Justiça Federal em Minas Gerais constituído para processar e julgar os casos.
O grupo investigado teria corrompido servidores públicos em diversos órgãos estaduais e federais de fiscalização e controle na área ambiental e de mineração, com a finalidade de obter autorizações e licenças ambientais fraudulentas. Essas autorizações eram utilizadas para usurpar e explorar irregularmente minério de ferro em larga escala, incluindo locais tombados e próximos a áreas de preservação, com graves consequências ambientais e elevado risco de desastres sociais e humanos.
A organização criminosa teria atuado para neutralizar a ação do Estado, dificultando as investigações e monitorando autoridades. Além disso, utilizou diversos artifícios para lavar o dinheiro obtido com as práticas ilícitas.
Calcula-se que as ações criminosas do grupo investigado renderam, ao menos, um lucro de R$ 1,5 bilhão. Ressalta-se, ainda, que a investigação identificou projetos em andamento vinculados à organização criminosa com potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.
Os investigados poderão responder por crimes ambientais, usurpação de bens da união, corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e embaraçamento à investigação de organização criminosa.