O auditório da Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos recebeu, na última sexta-feira (26), o IV Encontro Estadual de Museus de Alagoas, que reuniu profissionais do setor museológico, pesquisadores, estudantes e representantes da sociedade civil para debater os rumos da política museal no estado. O evento integrou a agenda do programa (Re)conexões 2025, do Instituto…
O auditório da Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos recebeu, na última sexta-feira (26), o IV Encontro Estadual de Museus de Alagoas, que reuniu profissionais do setor museológico, pesquisadores, estudantes e representantes da sociedade civil para debater os rumos da política museal no estado.
O evento integrou a agenda do programa (Re)conexões 2025, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), e teve como eixos principais a reestruturação do Sistema Brasileiro de Museus, a normatização do Fórum Nacional de Museus e a institucionalização do Sistema de Participação Social do Ibram.
A iniciativa foi promovida pelo Governo de Alagoas, por meio do Sistema Alagoano de Museus, administrado pela Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), em parceria com o Ibram.
A programação contou ainda com apresentação cultural do Grupo de Guerreiro Comigo Ninguém Pode e palestra sobre inovação e acessibilidade em museus, ministrada pelo mestrando da Ufal, Helder Lima, que apresentou o aplicativo Tatu.
Para a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, o encontro reforça o papel dos museus como espaços de transformação social.
“A cada edição do encontro, reafirmamos o papel dos museus como espaços vivos, que não apenas preservam memórias, mas também criam pontes entre o passado e o presente. Esse diálogo é fundamental para que possamos avançar na construção de políticas públicas mais inclusivas e conectadas com a realidade da nossa gente”, destacou.
Na avaliação da coordenadora do Sistema Alagoano de Museus, Mira Dantas, o evento fortalece a representatividade dos museus de Alagoas no cenário nacional.
“É um momento de escuta e de construção coletiva. Queremos que cada museu, cada profissional e cada grupo social se sinta parte desse processo, levando a voz de Alagoas para o cenário nacional. Só assim conseguiremos formular políticas que façam sentido para quem vive a realidade museológica no dia a dia”, afirmou.
Em sua fala, a presidenta do Ibram, Fernanda Castro, ressaltou a importância da construção coletiva como caminho para o fortalecimento das políticas museológicas no país.
“Onde tem Brasil, tem o Ibram, mas tem por causa de vocês. Diferente de outras instituições federais, o Ibram não tem equipamento em cada lugar, não tem um museu em cada lugar e é por meio dos sistemas, é por meio de um trabalho colaborativo, do pacto federativo que a gente reúne a União, os estados, os municípios em prol da construção da política pública de museus”, disse.
“Não é só uma metodologia participativa, é porque quando a gente está construindo as nossas políticas, a gente está falando dessa experiência que a gente teve lá embaixo, do carinho, do acolhimento, do afeto, de como a gente se reconhece nas manifestações culturais”, falou a presidenta.
“A gente quer saber de vocês, o que é de Alagoas que precisa ser preservado como memória, como a gente tem que fazer isso, como que o Ibram, que é uma autarquia federal responsável pela política pública, pode pensar numa política pública que contem demandas desse local, desse Estado, dos seus municípios”, reforçou Fernanda.
Trabalho pelo Brasil
Já a coordenadora do Sistema Brasileiro de Museus, Vera Mangas, ressaltou a importância de estar percorrendo o Brasil fazendo esse trabalho.
“Cada vez mais que a gente percorre o Brasil, eu acho que o melhor do Brasil é o brasileiro e a sua cultura, né? E a responsabilidade que os museus, enquanto espaços de construção, de memória, estarem inseridos dentro dessa política toda”, destacou.
Os debates também se desdobraram em grupos de trabalho temáticos, que formularam propostas para o fortalecimento do campo museológico e para o alinhamento com o programa (Re)conexões. As contribuições serão encaminhadas ao Ibram e farão parte do documento final do ciclo de encontros estaduais.