Fórum de Maceió, no Barro Duro
Quase 20 anos após o crime que chocou o povoado da Onça, em São Sebastião, no Agreste alagoano, a Justiça condenou José Leite da Silva, o “Zequinha”, a 15 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. O julgamento ocorreu na manhã desta quinta-feira (6), e o Conselho de Sentença acatou as qualificadoras de motivo torpe…
Quase 20 anos após o crime que chocou o povoado da Onça, em São Sebastião, no Agreste alagoano, a Justiça condenou José Leite da Silva, o “Zequinha”, a 15 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. O julgamento ocorreu na manhã desta quinta-feira (6), e o Conselho de Sentença acatou as qualificadoras de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, conforme sustentou o Ministério Público de Alagoas (MPAL).
O promotor de Justiça João de Sá Bomfim Filho apresentou provas consideradas incontestáveis e convenceu o júri de que o crime foi cometido por vingança. Quatro meses antes do homicídio, ocorrido em 22 de novembro de 2006, Severino de Oliveira havia denunciado o réu por posse ilegal de arma e ameaças constantes, feitas quando Zequinha estava embriagado. A denúncia levou o agressor à prisão, e, após ser solto, ele passou a ameaçar a vítima de morte.
ACOMPANHE O ALAGOAS 24 HORAS NO INSTAGRAM
No dia do crime, Severino conversava com um amigo quando José Leite se aproximou e o atacou com vários golpes de arma branca, sem lhe dar chance de defesa. O Ministério Público denunciou o réu por homicídio qualificado, e o júri rejeitou a tese de legítima defesa apresentada pelos advogados do réu.
“Foram quase vinte anos de processo, o réu foragido, além disso ainda tivemos um equívoco alegando que ele estava morto, logo após houve o reparo, e hoje o Ministério Público atuou para sustentar a necessidade de sua condenação. A sede de justiça nunca pode ser entendida como tardia, por mais que demore ela tem a mesma importância. Não somente para nós que defendemos a vida, mas para a famílias que carrega a dor da perda, que traz consigo a amarga lembrança da forma como seu ente querido foi assassinado. Hoje ela foi feita”, afirma o promotor João de Sá Bomfim Filho.
Com a condenação, José Leite da Silva cumprirá pena em regime fechado.



