Marcelle foi morta a pedradas. Principal suspeito é o ex-companheiro da vítima.
Vai acontecer, na próxima segunda-feira (26), às 10h, o júri do caso Marcelle Bulhões. A farmacêutica foi assassinada a pedradas pelo ex-namorado, Cícero Messias da Silva Júnior, no Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 2023. O crime aconteceu no bairro Cidade Universitária, parte alta de Maceió. O Ministério Público de Alagoas (MPAL), por…
Vai acontecer, na próxima segunda-feira (26), às 10h, o júri do caso Marcelle Bulhões. A farmacêutica foi assassinada a pedradas pelo ex-namorado, Cícero Messias da Silva Júnior, no Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 2023. O crime aconteceu no bairro Cidade Universitária, parte alta de Maceió.
O Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio do promotor de Justiça Tácito Yuri, sustentará a tese de homicídio triplamente qualificado: motivo fútil, torpe (feminicídio) e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
ACOMPANHE MAIS NOTÍCIAS DE ALAGOAS NO INSTAGRAM
O caso de Marcelle fez parte da campanha Agosto Lilás do Ministério Público do ano passado, que abordou a temática do feminicídio. No terceiro vídeo da websérie, Matheus, filho da vítima, falou sobre a dor de ter perdido a mãe para a violência doméstica.
O julgamento vai ocorrer no salão da 8ª Vara Criminal.
Sobre o caso
Nas primeiras horas da quarta-feira, 8 de março de 2023, Marcelle Chistine Silva de Bulhões, foi assassinada a pedradas, no Conjunto Village Campestre, no bairro Cidade Universitária, em Maceió.
Desde o início o principal suspeito do crime foi o ex-namorado da vítima, que ficou inconformado com o término recente da relação. O crime teria sido motivado por ciúmes.
Vizinhos relataram que Marcelle foi tirada de dentro de casa pelo homem, que em seguida tentou coloca-la à força dentro de um carro. Aos gritos por socorro, Marcelle resistiu e o suspeito começou a agredi-la com pedradas no rosto.
Vizinhos afirmaram que tentaram parar as agressões, mas não conseguiram porque foram ameaçados pelo suspeito. A vítima foi socorrida por populares e encaminhada a uma unidade de saúde, mas em seguida não resistiu e morreu no Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche.
O autor confesso se apresentou à polícia no dia seguinte ao crime e afirmou que se relacionava com a vítima há cerca de quatro anos e que Marcelle também mantinha uma relação com o ex-marido e, por causa disso, eles viviam em constante conflito.
Ele explicou ainda que na madrugada daquele dia agrediu a vítima dentro da casa dela, ela se trancou no quarto para tentar acionar a polícia, mas ele arrombou a porta, momento em que ela correu para rua para pedir socorro.Auando ela começou a gritar ele pegou a pedra que estava na rua e a atingiu na cabeça para que ela se calasse. Só o primeiro golpe foi suficiente para rachar a pedra ao meio.
Após fugir da cena, o homem passou o dia escondido em um canavial até se apresentar espontaneamente.
À época, os investigadores do caso não viram indícios de premiditação para o crime. Segundo os levantamentos da PC, Marcelle não chegou a prestar queixa contra o acusado.
O homem já possuía passagem pela Polícia por violência doméstica, cometido em 2018, por ofender, violentar e ameaçar a sua ex-companheira no município de Teotônio Vilela e chegou a ser preso pela Lei Maria da Penha.
Veja outras matérias sobre o crime:
PC recupera celular de farmacêutica vítima de feminicídio e dois são presos por receptação
Acusado de matar farmacêutica confessa crime e relata término conturbado
Acusado de matar farmacêutica a pedradas se apresenta à Polícia
Caso Marcelle: Vizinhos tentaram parar agressões mas foram ameaçados pelo suspeito