Fazenda: Ajuda contra tarifaço é sob medida e de menor peso fiscal possível | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou em evento nesta sexta-feira (8) que o “plano de contingência” preparado pela pasta para socorrer as empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos foi construído “sob medida” para setores e com “menor impacto fiscal possível”. “Nossa preocupação foi fazer algo sob medida e…
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou em evento nesta sexta-feira (8) que o “plano de contingência” preparado pela pasta para socorrer as empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos foi construído “sob medida” para setores e com “menor impacto fiscal possível”.
“Nossa preocupação foi fazer algo sob medida e com impacto [fiscal] menor possível. As medidas não precisam necessariamente passar por incentivo fiscal, pela elevação substancial de despesa pública”, disse.
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“O que os setores mais pedem é crédito, tanto de capital de giro quanto para investir em um processo de adaptação, conquistar novos mercados. Mas também, obviamente, existem instrumentos específicos para garantir escoamento de produção, viabilização no mercado doméstico, que podem ter algum impacto, mas é bastante contido”, completou.
Quanto à expressão “sob medida”, Mello destacou que o pacote levará diferentes medidas para diferentes setores e perfis de empresas. “Cada caso é um caso: o setor frutas precisa de uma medida, máquinas e equipamento, de outra”. Ele destacou, contudo, que crédito é uma demanda em comum de todos os segmentos impactados.
O presidente Lula já escolheu quais medidas do plano da Fazenda serão utilizadas. Segundo o vice-presidente, Geraldo Alckmin, os detalhes do socorro serão apresentados até a próxima terça-feira (12).
Ainda durante sua fala no evento, realizado em São Paulo do qual participou remotamente, o secretário da SPE disse que o tarifaço estabelecido pelos Estados Unidos contra o Brasil deve causar efeitos macroeconômicos “contidos”. Mas disse que os impactos setoriais preocupam.
“O que mais preocupa no Brasil não é o impacto macroeconômico, em crescimento, emprego, inflação, isso é bastante contido. A maior preocupação é setorial: alguns setores específicos que têm dependência de faturamento no mercado americano podem ter maior impacto”, disse.
Mello reforçou que os impactos macro são contidos porque o Brasil — apesar de ter os EUA como um dos principais destinos para suas mercadorias — não tem relação de “dependência” com o gigante norte-americano. O economista também destacou alívio dado pela lista de exceções, que livrou quase metade dos produtos brasileiros das taxas de 50%.