Antônio Fagundes fala da relação com Regina Duarte — Foto: Reprodução/Youtube e Reprodução/Instagram
Antonio Fagundes desembarcou em Portugal e permanecerá na terrinha até o fim do ano em cartaz com o espetáculo “Dois de nós”. Por conta das novelas brasileiras exibidas por lá, o galã, de 76 anos, tem um público cativo e atento também ao que acontece no Brasil. Em entrevista à rádio Renascença, o artista falou,…
Antonio Fagundes desembarcou em Portugal e permanecerá na terrinha até o fim do ano em cartaz com o espetáculo “Dois de nós”. Por conta das novelas brasileiras exibidas por lá, o galã, de 76 anos, tem um público cativo e atento também ao que acontece no Brasil. Em entrevista à rádio Renascença, o artista falou, por exemplo, sobre os diversos processos que tem sofrido de pessoas que chegam atrasadas aos seus espetáculos.
“Já fui processado umas oito, ou nove vezes. Perdi a conta. Até hoje, tenho vencido todos eles. É curioso. Eu sou processado por cumprir o que eu prometi. O que prometo é começar o espetáculo na hora marcada, e não é permitida a entrada após o início para não atrapalhar a maioria que está sentadinha no lugar”, disse ele.
O ator ainda entregou uma curiosidade. O atraso não é algo só dos brasileiros.
“Na minha estreia em Portugal, há 20 anos, no Porto, 200 pessoas chegaram atrasadas. E foi uma ‘peixeirada’, como costumam dizer por aqui. As pessoas ameaçaram quebrar a porta do teatro, chamaram a polícia, o exército, foi uma loucura, mas não entraram. É estranho a pessoa se sentir ofendida. Ela que errou, ela que chegou atrasada e vai atrapalhar os outros? Me perguntam sempre se estou punindo as pessoas, mas não, estou respeitando quem chegou na hora”.
Na atração, um dos quadros foi o “Desculpa, mas vais ter de perguntar”, em que o entrevistado precisa responder perguntas rápidas diversas. Uma das apresentadoras provocou Fagundes sobre uma colega de longa data: “Qual é a segunda pessoa que dá mais raiva no mundo das novelas? A primeira é a Regina Duarte”. O ator riu e despistou.
“Tadinha (risos). Não tenho raiva dela. Regina foi uma excelente companheira de trabalho. Equivocada, do meu ponto de vista, mas tem muita gente que a apoia. Eu respeito a posição dela, ela tem direito a apoiar quem quiser. Não tenho raiva. A gente precisa parar de ter inimigos. Podemos ter adversários, mas inimigos… A gente está vivendo uma época em que pessoas são inimigas, que exige quase uma eliminação. O adversário, não, você quer convencê-lo, trazer para si, trocar palavras…”, explicou.