Os militares foram recebidos pela esposa e cuidadora do idoso
Após a circulação de um vídeo nas redes sociais, no qual um homem de 79 anos com Alzheimer aparece sendo empurrado por uma mulher, o Programa Pessoa Idosa Protegida, da Secretaria da Segurança Pública, iniciou uma investigação nessa quarta-feira (30), para apurar possível agressão sofrida. Além da repercussão do vídeo, as informações sobre o caso…
Após a circulação de um vídeo nas redes sociais, no qual um homem de 79 anos com Alzheimer aparece sendo empurrado por uma mulher, o Programa Pessoa Idosa Protegida, da Secretaria da Segurança Pública, iniciou uma investigação nessa quarta-feira (30), para apurar possível agressão sofrida.
Além da repercussão do vídeo, as informações sobre o caso chegaram também através do 181. As chefias do Disque-Denúncia e de Articulação de Políticas de Prevenção então acionaram equipes do 4º Batalhão da Polícia Militar identificaram os envolvidos e a Delegacia de Vulneráveis da Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as circunstâncias.
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A guarnição da Base Comunitária do Osman Loureiro realizou uma visita comunitária e averiguação dos fatos. Os militares foram recebidos pela esposa e cuidadora do idoso, que são residentes em um condomínio no Tabuleiro do Martins, e constataram que ele não sofria violência sexual, mas havia possíveis sinais de violência física e psicológica. Apesar de não ter sido encontrada situação de negligência ou abandono, o local estava sem abastecimento de água por falta de pagamento. A cuidadora informou que o cartão do benefício do português estava com o genro
Ela relatou ainda que o idoso, que é natural de Portugal, tinha acompanhamento médico por causa do Alzheimer e os atendimentos ocorriam em uma universidade no bairro de Cruz das Almas. Como não havia necessidade de resgate, os envolvidos foram encaminhados à Polícia Civil para os devidos esclarecimentos.
“O vídeo divulgado não é recente e por isso havia possibilidade de flagrante. Em conversa com a psicóloga da RAV [Rede de Atenção às Violências], foi notado que o idoso é muito ligado e carinhoso com a suposta autora, que negou os maus-tratos. Aparentemente, a agressão ocorreu em uma situação específica e, por isso, abrimos um inquérito para uma investigação mais aprofundada. Chegamos a pensar em levá-lo para um abrigo, mas sair da rotina deixa-o um pouco agressivo possivelmente por causa do Alzheimer. A retirada dele da residência onde mora há 40 anos faria mais mal do que bem”, afirmou a delegada Rebecca Cordeiro.
A titular da Delegacia de Vulneráveis também afirmou que o Programa Pessoa Idosa Protegida encaminhou o caso ao Centro de Referência de Assistência Social (CREAS). Segundo o chefe de Prevenção da SSP, tenente-coronel Iran Rêgo, a situação também continuará sendo acompanhada pelo órgão estadual.
“É uma situação que carece bastante de cautela. O vídeo foi divulgado pelo filho da mulher, que logo depois gravou outro afirmando que a mãe não costumava agir como naquele momento gravado. A Polícia Civil vai apurar com cuidado e nós continuaremos vendo o que pode ser feito para que situações dessa natureza não venham ocorrer. A população pode confiar no trabalho da SSP, que deu uma resposta rápida ao caso noticiado”, enalteceu o oficial.
As denúncias sobre todo tipo de violência podem ocorrer através o número 181, pelo aplicativo Disque Denúncia ou então pelo site disquedenuncia.al.gov.br. A ligação é gratuita e o sigilo é garantido.