No duelo válido pela 6ª rodada da Copa do Nordeste, o Bahia, mesmo utilizando um time alternativo, venceu o CSA por 2 a 1 no Estádio Rei Pelé, encerrando a invencibilidade do Azulão como mandante. A equipe de Rogério Ceni mostrou superioridade técnica e tática, dominando o primeiro tempo e administrando a vantagem diante de um CSA que reagiu na etapa final, mas não teve força suficiente para buscar o empate.
Plataformas táticas e proposta de jogo
O Bahia de Rogério Ceni costuma atuar com um 3-2-5 em fase ofensiva e um 4-1-3-2 sem a bola, mas, com a formação alternativa, o treinador manteve uma linha de quatro defensores, sem um terceiro zagueiro. Acevedo foi a base do meio-campo, com Erik, Rodrigo Nestor e Michel Araújo flutuando da esquerda para o centro, abrindo o corredor para Iago Borduchi atacar. Na frente, Kayky jogou pela direita, enquanto Willian José foi a referência.

Do outro lado, o CSA repetiu a estrutura que atropelou a Tuna Luso na última rodada. Higo Magalhães apostou no quarteto ofensivo com Klenisson, Brayann, Cachoeira e Tiago Marques, mas encontrou dificuldades para repetir o desempenho anterior diante de um adversário muito mais qualificado.
Bahia controla o primeiro tempo com jogo apoiado

Após os primeiros minutos de equilíbrio, o Bahia tomou conta da partida. Com qualidade na circulação da bola em dois toques e passes verticais que quebravam linhas, a equipe baiana rapidamente se impôs. Rodrigo Nestor ditava o ritmo, enquanto Erick desorganizava o lado esquerdo da defesa azulina, abrindo espaços para Iago Borduchi, que brilhou com um gol e uma assistência.
O CSA, por outro lado, parecia desconectado defensivamente, sem encaixes para pressionar a saída de bola do Bahia. Além disso, faltava agressividade ao ataque alagoano. Brayann e Cachoeira demoravam nas tomadas de decisão, segurando a bola quando o time precisava acelerar. A superioridade tricolor ficou evidente, e o placar de 2 a 0 ao final da primeira etapa foi até modesto diante do volume de jogo apresentado pelo Bahia.
Higo ajusta a equipe e muda o cenário

No intervalo, Higo Magalhães fez uma alteração que fugiu do senso comum: tirou Klenisson e colocou o zagueiro Marcão. A mudança indicava um reforço defensivo, mas, na prática, organizou o CSA para competir melhor. O time passou a atuar com uma linha de cinco defensores, fechando os corredores laterais que foram um problema na primeira etapa.
As entradas de Igor Bahia e Danilinho, além da movimentação de Enzo como ala, deram nova dinâmica ao CSA, que cresceu no jogo. A equipe alagoana conseguiu um pênalti, convertido por Brayann, e colocou o Bahia em situação mais desconfortável. Higo ainda sacou Cedric para colocar Robinho como ala, reforçando o ímpeto ofensivo na reta final.

Bahia segura a pressão e reassume a liderança
Apesar da reação azulina, Rogério Ceni soube administrar o jogo. Renovou a equipe com substituições pontuais e manteve a compactação defensiva nos minutos finais. A vitória por 2 a 1 garantiu ao Bahia a liderança do Grupo B, mesmo com dois jogos a menos, e mostrou a força do elenco tricolor, que venceu sem precisar de sua formação titular.
Destaque da partida: Iago Borduchi 
• 1 gol • 1 assistência • Participação decisiva na construção do resultado
O Bahia demonstrou por que é um dos favoritos ao título da Copa do Nordeste, combinando organização tática e intensidade para superar um CSA que só conseguiu competir no segundo tempo. O Esquadrão segue firme na briga pela taça, enquanto o Azulão precisa recuperar a agressividade para voltar ao caminho das vitórias.