quinta-feira, julho 24, 2025
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Brasil deve aderir a ação contra Israel por genocídio na corte da ONU


O chanceler Mauro Vieira durante participação na Comissão de Relações Exteriores da Câmara — Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O Brasil deve anunciar nesta quarta-feira (23) a entrada formal do Brasil na ação contra Israel na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas (ONU). A ação movida pela África do Sul pede à Corte que declare que Israel violou, no conflito contra o Hamas, obrigações previstas na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de…

O Brasil deve anunciar nesta quarta-feira (23) a entrada formal do Brasil na ação contra Israel na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas (ONU).

A ação movida pela África do Sul pede à Corte que declare que Israel violou, no conflito contra o Hamas, obrigações previstas na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.

Israel refuta as alegações da África do Sul. O conflito eclodiu em 7 de outubro de 2023.

Durante a reunião do Brics — grupo que reúne algumas das principais economias emergentes do mundo — no início deste mês, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou à uma emissora árabe que o Itamaraty “está trabalhando” no processo de adesão.

“Nós vamos. Estamos trabalhando nisso, e você terá essa boa notícia em muito pouco tempo”, afirmou o chanceler na entrevista.

 

A Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, da ONU, classifica genocídio como qualquer ação com a intenção de “cometida com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.

No caso apresentado ao Tribunal de Haia, a África do Sul pede uma suspensão emergencial da campanha militar de Israel no território palestino.

A Convenção sobre Genocídio de 1948 define genocídio como “atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.

Governo Lula diz ver ‘genocídio’ e ‘carnificina’ em Gaza

 

Em declarações públicas, entrevistas e comunicados oficiais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, têm afirmado que está em curso em Gaza um “genocídio” e uma “carnificina” contra os cidadãos palestinos, atribuindo a responsabilidade ao governo de Benjamin Netanyahu.

Desde outubro de 2023, quando começou a guerra entre o governo de Israel e o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, o governo brasileiro tem defendido que as partes cheguem a um acordo que leve a um cessar-fogo permanente e à entrada ininterrupta de ajuda humanitária para os palestinos.

Diante dos frequentes ataques comandados pelo Exército de Israel em Gaza, o governo Lula também tem:

  • defendido a saída completa das tropas israelenses da região;
  • questionado os limites éticos e legais das ações militares conduzidas pelo governo Netanyahu;
  • afirmado que militares israelenses agem como “colonos” com os palestinos.

 

Em recente participação na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o chanceler brasileiro Mauro Vieira condenou o que chamou de “carnificina” na região, acrescentando que a comunidade internacional não pode ver o que está acontecendo em Gaza “de braços cruzados”.

“Acredito que é uma situação terrível o que está acontecendo. Há uma carnificina. É uma coisa terrível o que está acontecendo. Há um número elevadíssimo [de mortes de] crianças. É algo que a comunidade internacional não pode ver de braços cruzados”, afirmou Mauro Vieira na ocasião.





Fonte: Alagoas 24h

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