Os vereadores por Maceió Thiago Prado (PP) e Teca Nelma ( PT) protagonizaram uma discussão acalorada durante sessão ordinária na Câmara nesta quarta-feira (12).
Durante sua fala, Prado discursou sobre a invasão na Praça Sinmibu, afirmando que o governo de esquerda apoia e incentiva “movimentos criminosos formados pelo MST”.
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“Eu digo criminosos porque hoje testemunhei um daqueles invasores entrando num veículo Toro que tem custo de mais de R$ 200 mil. Basta ir na concessionária e manifestar. Verifiquei um outro manifestante saindo de um carro Civic, de luxo. Como é que essas precisam de terra? Como é que essas pessoas têm necessidades de invadir e depredar um patrimônio público para querer terra? Isso é uma verdadeira conduta criminosa”, criticou.
Ele foi acompanhado pelo vereador Leonardo Dias, que disse ter achado estranho que o veículo da vez era um Toro, já que “normalmente é de Hilux para cima”.

“Infelizmente, muito deles realmente são massas de manobra e fica muito claro e evidente quando a gente vê que [os movimentos] são organizados por pessoas que têm dinheiro, muito dinheiro, e que de alguma forma devem se beneficiar com essa luta e com essas pessoas”, salientou.
Por conta das falas dos colegas de plenário, a vereadora Teca Nelma pediu para se posicionar e criticou a opinião compartilhada por Prado e Dias.

“Quem é o senhor para definir o que é luta social? Segundamente, a gente tem muito orgulho de caminhar ao lado do MST. Os ataques à organização dos camponeses e camponesas não correspondem verdadeiramente com o que Maceió vive hoje. Criminoso é quem invadiu no dia 8 de janeiro”, afirmou.
Ela disse que “carro de luxo é o que a gente [vereadores] tem”.
“O luxo é a gente ser vereador na cidade de Maceió, receber o salário que recebe, ter acesso a um, dois carros, gasolina. Isso é muito bom. Mas isso aí não é luxo para a comunidade. Usar o boné [do MST] é mostrar que a cidade precisa de reforma agrária”, reiterou.
Ao fim do discurso da vereadora, Prado retomou a palavra e reforçou que “a esquerda não gosta de ordem e progresso”.
“Como representante do povo de Maceió, é importante que nós queremos a praça desocupada e não com mutirão de limpeza promovido pelos invasores. Queremos utilizar a praça para fazer um piquenique, para levar nossos filhos, para praticar um esporte. É para convívio social, não campo para invasão”, finalizou.