A Polícia Civil de Alagoas, por meio da Delegacia de Crimes Ambientais e Proteção Animal, instaurou inquérito nesta terça-feira, 15, para investigar a denúcia de maus-tratos a animais após um cachorro ser baleado durante uma suposta abordagem policial na Chã do Bebedouro. O caso aconteceu quando uma equipe da Polícia Militar realizava abordagem a dois…
A Polícia Civil de Alagoas, por meio da Delegacia de Crimes Ambientais e Proteção Animal, instaurou inquérito nesta terça-feira, 15, para investigar a denúcia de maus-tratos a animais após um cachorro ser baleado durante uma suposta abordagem policial na Chã do Bebedouro.
O caso aconteceu quando uma equipe da Polícia Militar realizava abordagem a dois jovens da região. Segundo relatos de testemunhas, o cão teria latido no momento em que os abordados saíram correndo e acabou sendo atingido por um tiro, disparado da arma de um dos militares.
“Durante a abordagem, no momento em que os rapazes desceram correndo, o cachorro latiu. Eles disseram que o cachorro não chegou a avançar neles, mas, mesmo assim, um dos policias atirou e atingiu a patinha do meu cão”, relatou a tutora do animal, que preferiu o anonimato.
A tutora do cão, chamado Skype, contou ainda que estava em sua casa quando ouviu o disparo de arma de fogo e só descobriu depois que seu animal tinha sido ferido. “Eu estava dentro de casa e só ouvi o tiro. Eu tinha saído, entrei, e ele ficou na porta. Quando eu estava saindo novamente, escutei o tiro. Foi quando alguém disse: foi a polícia! Depois disso, o cachorro entrou em casa sangrando. A bala atravessou a pata dele”, contou a mulher.
Após o caso, o animal foi levado a um veterinário para os procedimentos necessários. Os gastos com medicação, consulta, entre outros foram custeados com a ajuda de doação.
A mulher disse ainda que apesar da repercussão do caso, preferiu não denunciar o caso por medo de represálias uma vez que os supostos acusados são policiais. No entanto, imagens do cão chegaram à Delegacia de Crimes Ambientais e Proteção Animal, que passou a investigar o caso.
“Eu estou com medo porque se eles fizeram algo com um animal que não fez nada o que poderão fazer com uma pessoa?. Eu não procurei a polícia, foi a polícia que me procurou. Então espero que a Justica seja feita”, disse.
Em conversa com a imprensa, o delegado Robervaldo Davino, titular da especializada, afirmou que a equipe policial já esteve no local para realizar os levantamentos sobre o caso. “Ao tomar conhecimento através de vídeo, mandamos uma equipe ao local. Fizemos o levantamento e intimamos a tutora para prestar depoimento. Iremos investigar e o acusado está sujeito a responder a maus-tratos a animais e disparo de arma de fogo em via pública”, finalizou.