“Careca do INSS” pediu para não usar algemas durante depoimento à CPMI | Foto: Reprodução/Linkedin
O presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que está mantido nesta quarta-feira (25) o depoimento do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o “careca do INSS”. À CNN, Viana declarou que, para manter a oitiva, o lobista solicitou que não fosse conduzido…
O presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que está mantido nesta quarta-feira (25) o depoimento do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o “careca do INSS”. À CNN, Viana declarou que, para manter a oitiva, o lobista solicitou que não fosse conduzido usando algemas.
O empresário foi preso em 12 de setembro em operação da PF (Polícia Federal) e está detido em Brasília. Ele é investigado por operar o esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas cadastrados no INSS.
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“Nós lembramos que a condução coercitiva é uma possibilidade prevista em lei e imediatamente recebemos a resposta de que ele concordou em vir. O único pedido que fez é que ele não seja conduzido por algemas. Ele entende que as algemas são desnecessárias, uma vez que ele está colaborando com a CPMI”, disse Viana.
Segundo Viana, a defesa do “careca do INSS” indicou que o empresário poderia, mais uma vez, não comparecer à CPMI, mas teria sido convencido ante a possibilidade de condução coercitiva.
“Hoje, ainda que ele queira ficar em silêncio, eu tenho certeza que há muitos pontos que ele pode esclarecer porque é o principal cérebro de toda essa operação, de toda essa máfia que tomou conta da Previdência”, declarou.
O “careca do INSS” seria um intermediário dos sindicatos e associações responsáveis pelos descontos não autorizados. Ele é investigado por receber os recursos que eram debitados indevidamente e repassar parte deles a servidores do INSS ou familiares e empresas ligadas a eles.
Segundo Carlos Viana, a colaboração com as investigações pode viabilizar possíveis reduções de pena para o investigado.
Uma decisão do ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), desobrigou Antônio Carlos Camilo Antunes de ir à CPMI, apesar de ele ter sido convocado – quando a presença é obrigatória.
O empresário aceitou ser ouvido após a CPMI aprovar a convocação da sua esposa, Tânia Carvalho dos Santos, e do seu filho Romeu Carvalho Antunes. Ambos seriam sócios em empresas que supostamente estariam envolvidas nos esquemas de fraudes.
A comissão também já ouviu dois sócios de Antônio Carlos Camilo Antunes: Milton Salvador de Almeida Júnior e Rubens Oliveira Costa, que recebeu voz de prisão no seu depoimento na segunda-feira (22).