Lar Vovó Maris, no bairro Eldorado, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte — Foto: Reprodução
Pelo menos cinco denúncias de maus-tratos a idosos foram registradas em um intervalo de seis meses no Lar Vovó Maris, casa de repouso localizada no bairro Eldorado, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Civil investiga ao menos duas mortes no local. Procurada, a Prefeitura de Contagem informou que “por questões judiciais e de sigilo, segue impossibilitada…
Pelo menos cinco denúncias de maus-tratos a idosos foram registradas em um intervalo de seis meses no Lar Vovó Maris, casa de repouso localizada no bairro Eldorado, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Civil investiga ao menos duas mortes no local.
Procurada, a Prefeitura de Contagem informou que “por questões judiciais e de sigilo, segue impossibilitada de passar informações sobre os lares”. A Vigilância Sanitária da cidade encontrou irregularidades no estabelecimento em março deste ano.
Em nota, o Lar Casa Vovó Maris disse que a Polícia Civil está conduzindo as investigações e que confia no trabalho da corporação. Por fim, afirmou que, depois da visita da Vigilância Sanitária, iniciou o processo de regularização do alvará e das reformas previstas.
Mortes sob sinais de maus-tratos
Em duas ocasiões, idosos morreram dentro da instituição sob suspeita de negligência. O primeiro caso foi registrado em 13 de janeiro deste ano, quando o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) acionou a polícia por sinais de maus-tratos contra o idoso identificado como Liberalino Cardoso e Morais.
Na época, a polícia constatou ambiente insalubre, com fezes e urina em vários locais, cheiro forte, umidade e mofo, além de falta de estrutura, com janelas quebradas, fiação exposta, esgoto aberto, alimentos impróprios.
A equipe também era considerada insuficiente — duas cuidadoras para mais de 30 idosos, sem plantão noturno. Na mesma ocasião, um idoso passou mal e foi socorrido.
Morta com ferida na cabeça
O segundo caso foi registrado no último dia 6 de maio e foi denunciado em primeira mão pelo g1 e pelo MG1 nesta terça-feira (26).
Na ocasião, a polícia também foi acionada pela médica do Samu. Ela denunciou que havia sinais de um possível ferimento na testa da paciente, e divergências entre os funcionários a respeito da data da queda e o que teria provocado o trauma.
A profissional se recusou a emitir atestado de óbito, encaminhou o caso ao Instituto Médico Legal (IML) e citando possível omissão de socorro.