Imagem ilustrativa da mão de uma criança. — Foto: Unsplash/Reprodução
Um caso revoltante e de extrema crueldade chocou a cidade de Cajueiro, no interior de Alagoas. Um menino de apenas 3 anos foi forçado a engolir as próprias fezes pelo padrasto, segundo denúncia feita pela mãe da criança à polícia. O crime aconteceu na última segunda-feira (11), e, apesar da prisão em flagrante do agressor,…
Um caso revoltante e de extrema crueldade chocou a cidade de Cajueiro, no interior de Alagoas. Um menino de apenas 3 anos foi forçado a engolir as próprias fezes pelo padrasto, segundo denúncia feita pela mãe da criança à polícia. O crime aconteceu na última segunda-feira (11), e, apesar da prisão em flagrante do agressor, ele foi solto após audiência de custódia.
O crime
De acordo com o relato da mãe, o menino estava prestes a tomar banho quando o companheiro dela se ofereceu para ajudar com a criança. A mulher, sem imaginar o que estava por vir, aceitou e saiu do banheiro. Poucos minutos depois, ouviu o choro do filho e voltou correndo. Ao entrar no banheiro, encontrou o menino com o rosto sujo de fezes e restos do conteúdo da fralda dentro da boca.
Desesperada, ela correu com o filho até a delegacia e denunciou o companheiro. O homem foi preso em flagrante. Em depoimento, ele confessou o que fez e justificou a ação dizendo que queria “dar uma lição” na criança por ela ter sujado a fralda.
SIGA O ALAGOAS 24 HORAS NO INSTAGRAM
Decisão judicial
Apesar da gravidade do crime, o suspeito foi liberado na audiência de custódia realizada na terça-feira (12). O juiz responsável considerou que ele é réu primário, confessou o ato, apresentou endereço alternativo (a casa da mãe dele) e prometeu não retornar ao convívio com a criança. Com base nesses argumentos, a Justiça determinou a soltura.
A decisão causou indignação na comunidade local, especialmente entre os profissionais da rede de proteção à infância.
Conselho Tutelar acompanha o caso
Após a denúncia da mãe e também do pai biológico da criança, que não mora com a família, o Conselho Tutelar de Cajueiro passou a acompanhar o caso. Dois conselheiros gravaram um vídeo informando que todas as medidas de proteção foram acionadas para garantir a segurança do menino.
“Ressaltamos que não se trata de um caso isolado. Infelizmente, muitas crianças ainda vivem situações de violência semelhante. Nossa orientação é clara: qualquer suspeita ou sinal de maus-tratos deve ser imediatamente denunciado ao Conselho Tutelar ou aos órgãos competentes ou ao Disque 100”, afirmaram os conselheiros.
A criança, que tem apenas 3 anos, está abalada emocionalmente e será encaminhada para acompanhamento psicológico.
A Polícia Civil segue investigando o caso, e o Ministério Público de Alagoas deve ser acionado para analisar a decisão judicial e garantir que a criança permaneça protegida. A guarda da criança também poderá ser revista, dependendo do desdobramento da investigação e das condições de segurança no ambiente familiar.