O crime brutal que vitimou no último mês de junho José Walison dos Santos, de 24 anos, na cidade de Teotônio Vilela, interior de Alagoas, pode ter ligação com o tráfico de drogas. É o que acredita o delegado Flávio Dutra, da Delegacia de Homicídios da 6ª Região, que conduz a investigação do caso. Após…
O crime brutal que vitimou no último mês de junho José Walison dos Santos, de 24 anos, na cidade de Teotônio Vilela, interior de Alagoas, pode ter ligação com o tráfico de drogas. É o que acredita o delegado Flávio Dutra, da Delegacia de Homicídios da 6ª Região, que conduz a investigação do caso.
Após a prisão de três suspeitos – dois irmãos e a esposa de um deles, de 20, 22 e 26 anos – nessa terça-feira (22), em cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar, o responsável pelo inquérito concedeu entrevista à TVPajuçara e deu mais detalhes sobre a investigação.
Dutra explicou que o trio negou participação no crime, alegando, inclusive, estarem em outros locais naquele momento. As versões, no entanto, não se sustentam.
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Segundo o delegado, as investigações mostraram que os três estavam com a vítima momentos antes do crime, consumindo bebida alcoólica na casa que pertence a então namorada de José Walison. Ela também é sogra de um dos suspeitos e havia sido presa por tráfico de drogas alguns dias antes.
Ainda de acordo com relatos e provas colhidas, após longo período bebendo juntos e se valendo da relação de confiança, no momento em que a vítima se despediu e se levantou para deixar o local, foi alvejado com aproximadamente seis disparos de arma de fogo pelas costas.
Um dos suspeitos, segundo Dutra, chegou a desligar a energia da residência para desativar o sistema de monitoramento que havia na área externa antes da execução. E com a vítima já ferida e gonizando em via pública, tentando pedir socorro, um dos homens voltou para dentro do imóvel, pegou um facão e desferiu alguns golpes. O primeiro atingiu o braço de José Walison e depois seu pescoço, ocorrendo a decapitação, com ele ainda vivo.
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Vídeos de outros imóveis ajudaram a esclarecer parte da dinâmica do crime. Os vídeos mostram dois dos suspeitos fugindo da cena logo após o homicídio, e um deles gritando: “A gente arrancou a cabeça dele ainda com vida”, sendo respondido pelo outro com um “Já é, já é”.
O delegado frisou que a mulher presa, que também estava no local, ajudou na fuga do marido e do cunhado, mas permaneceu ali, mesmo com a chegada da polícia e perícia, para assegurar, sob coação, que nenhuma testemunha entregasse os autores. As ameças, inclusive, permaneceram acontecendo até ela ser detida.
Crime passional
O delegado esclareceu também que cogitou ainda a possibilidade do crime ter tido motivação passional, já que o ex-marido da namorada da vítima também havia feito ameaças à sua vida em situações anteriores. Contudo, ele conseguiu comprovar seu álibe e foi descartado como envolvido.
A motivação exata ainda está sendo apurada, e novas diligências estão em andamento para reunir mais provas. Os três suspeitos tiveram os pedidos de prisão preventiva encaminhados ao judiciário e devem passar por audiência de custódia ainda hoje. Nenhum deles tem antecedentes criminais. O caso segue sob investigação.