terça-feira, março 25, 2025
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De onde vêm os asteroides? Vamos descobrir!


Getty Images

Todos os anos, um pedaço de rocha do tamanho de um carro se lança violentamente no espaço em curso de colisão com o nosso planeta, segundo a Nasa.

Felizmente, a atmosfera da Terra age como um escudo protetor. Por isso, em vez de se chocar com o solo do planeta, o asteroide se queima e produz um impressionante show de luzes, riscando o céu como um meteoro ou uma bola de fogo.

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Mas, infelizmente, outros asteroides muito maiores não estão ali para nos entreter. Seu potencial é muito mais ameaçador.

“Existem asteroides de todos os tamanhos”, afirma o cientista planetário Michael Küppers, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

“Os realmente grandes, como o asteroide de cerca de 10 km [de largura] que acreditamos ter causado a extinção dos dinossauros, podem surgir uma vez a cada 100 milhões de anos.”

O asteroide 2024 YR4, descoberto em dezembro do ano passado, vem recentemente ocupando as manchetes de todo o mundo. Com cerca de 40 a 90 metros de largura, ele é maior do que um edifício de 12 andares.

Em janeiro deste ano, a ESA calculou a trajetória da rocha e previu inicialmente que havia 1,2% de possibilidade de impacto com a Terra, no dia 22 de dezembro de 2032.

Este índice ultrapassou o confortável limite de 1% de risco para um objeto próximo da Terra e acionou a necessidade de investigação por diversas organizações de defesa planetária, além do Congresso e do presidente dos Estados Unidos.

Felizmente, o tamanho do YR4 não é suficiente para conseguir extinguir a nossa espécie. Mas ainda poderia ser considerado um “assassino de cidades”, segundo alguns especialistas – se estiver no limite superior da faixa de tamanho estimada e aterrissar em uma área densamente povoada.

Em fevereiro de 2025, o risco de que o asteroide venha a atingir a Terra subiu rapidamente para 3,1%, ou 1 em 32. Por sorte, a humanidade conseguiu evitar o pânico em massa e o risco desde então foi reduzido para 0,001%, o que é bastante tranquilizador.

Mas de onde veio este asteroide, para começar? E o quanto devemos nos preocupar com a possibilidade de surgir um cenário parecido no futuro?

Cinturão distante

Quando o assunto é compreender os asteroides, astrônomos e cientistas ainda analisam as cartas que têm nas mãos para decifrar as regras deste potencialmente arriscado jogo celestial.

“Cientificamente, podemos aprender muito com os asteroides”, segundo o astrônomo Alan Fitzsimmons, da Universidade Queens em Belfast, no Reino Unido.

Ele participa de uma das pesquisas celestes da Nasa que busca e rastreia objetos próximos da Terra (NEOs, na sigla em inglês) – asteroides cuja órbita os traz para até 195 milhões de quilômetros do Sol.

“Os asteroides que detectamos são geralmente fragmentos de corpos muito maiores que se formaram no nascimento do nosso Sistema Solar”, explica Fitzsimmons.

“Por isso, estudando sua composição química, conseguimos alguma ideia das condições no início do sistema, pois, desde então, ele evoluiu dinamicamente nos últimos 4,6 bilhões de anos.”

Estes restos rochosos antigos, às vezes, são denominados planetas menores. Frequentemente irregulares e repletos de crateras, eles também podem ser esféricos. Eles podem girar lenta ou rapidamente, ou ainda rolar pelo espaço.

Os asteroides, normalmente, são solitários. Mas, às vezes, eles podem ser encontrados em pares – são os asteroides duplos ou binários. Alguns chegam a ter sua própria lua.

O website do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa mantém registros dos seus números. Na última contagem, havia mais de 1,4 milhão de asteroides no nosso Sistema Solar.

A maioria está localizada no cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter, mas milhões de outros são pequenos demais para serem detectados.

Na maior parte do tempo, estes asteroides permanecem restritos naquele cinturão interplanetário, graças ao campo gravitacional de Júpiter. Eles não conseguem se reunir para formar um corpo maior.

Mas, ocasionalmente, outro asteroide ou a influência da gravidade jupiteriana pode impulsionar alguns deles para outra órbita em torno do Sol, em direção ao Sistema Solar interno.

Pistas celestiais

Quando um asteroide é ejetado do seu trajeto habitual e se dirige potencialmente na direção da Terra, nosso primeiro desafio é detectá-lo.

“A aparência de um asteroide ao telescópio é simplesmente de um ponto de luz contra outros pontos de luz, que são as estrelas, exceto por estar se movendo”, explica a oficial de defesa planetária da Nasa Kelly Fast.

“E está refletindo a luz do Sol.”

Quanto mais brilhante for o asteroide, maior ele será. Mas sua cor também afeta o brilho.

Um pequeno asteroide branco pode refletir mais luz do que um muito maior, mas escuro. Mas esta não é uma ciência exata, o que explica por que o tamanho do YR4 é estimado em 40 a 90 metros de largura.

Quanto mais informações tivermos, mais precisa será esta estimativa.

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