Contas de luz terão bandeira amarela em novembro, informa Aneel
O governo estima que pode chegar a R$ 525 bilhões até 2040 o impacto na conta de luz causado pela decisão do Congresso que derrubou um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e revalidou um “jabuti” no projeto que tratava de estímulo à geração de energia eólica. O cálculo do governo prevê um…
O governo estima que pode chegar a R$ 525 bilhões até 2040 o impacto na conta de luz causado pela decisão do Congresso que derrubou um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e revalidou um “jabuti” no projeto que tratava de estímulo à geração de energia eólica.
O cálculo do governo prevê um acréscimo de R$ 35, 06 bilhões por ano na tarifa de energia.
O Congresso derrubou vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma lei cujo objetivo inicial era o de estimular a geração de energia eólica gerada em alto-mar, com maior capacidade devido à força do vento.
Durante a tramitação, os parlamentares incluíram na proposta os chamados ‘jabutis’, artigos que não correspondem ao tema original do texto.
Um grupo formado por 12 associações do setor de energia encaminhou uma carta à Presidência da República alertando que o projeto poderia encarecer em R$ 545 bilhões, até 2050, para o consumidor a conta de energia. Os cálculos do governo agora estimam um custo ainda maior.
Após o alerta, o presidente Lula vetou pontos do projeto. Mas os parlamentares reverteram a decisão, ou seja, retomaram na lei os artigos que tornam a tarifa mais cara.
Nesta quinta (19), a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência confirmou que o governo vai editar nos próximos dias uma medida provisória (MP) com objetivo de diminuir o impacto na conta de luz.
“Diante desse quadro, em conversa com o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre, ajustamos o envio de Medida Provisória para revisar esses pontos, de forma a garantir menor impacto sobre o preço da energia aos consumidores”, diz a nota da secretaria.
Os ministros Gleisi Hoffmann (SRI) e Rui Costa (Casa Civil) se reuniram com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e líderes da base governista na quarta-feira (18) para tratar do tema.