sexta-feira, setembro 26, 2025
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Ex-nora se passou por policial e levou executor do casal de pastores para conhecer assentamento antes do crime, diz polícia


Casal de pastores foi assassinado em Pium, no Tocantins

Investigações apontaram que, antes de Francilene de Sousa Reis e Silva e Dorvalino das Dores da Silva serem assassinados, o executor visitou o assentamento onde eles moravam. Ele foi levado ao local pela ex-nora do casal de pastores, suspeita de ser a mandante do crime. Inconformada com o fim do casamento, a mulher chegou a…

Investigações apontaram que, antes de Francilene de Sousa Reis e Silva e Dorvalino das Dores da Silva serem assassinados, o executor visitou o assentamento onde eles moravam. Ele foi levado ao local pela ex-nora do casal de pastores, suspeita de ser a mandante do crime. Inconformada com o fim do casamento, a mulher chegou a se passar por um policial ao fazer ameaças ao ex-marido.

O suspeito de executar o casal de pastores foi preso nesta sexta-feira (26) em Joinville (SC). A ex-nora foi presa há três meses na mesma cidade. Na época, ela negou a autoria do crime, segundo o delegado José Lucas Melo. Os nomes dos dois não foram divulgados, por isso o g1 não conseguiu contato com as defesas deles.

Segundo a Polícia Civil, a suspeita teria feito ameaças ao ex-marido e à família dele, afirmando que, se a relação dos dois não fosse reconciliada, os pastores “pagariam as consequências”. Segundo a delegada responsável pelo caso, Jeannie Daier de Andrade, a mulher fazia as ameaças sob a justificativa de que ela estaria sentindo muita dor com o fim da relação.

“Em uma das ameaças, ela chega a dizer que iria acabar com a vida das pessoas que ele [ex-marido] mais amava. Ela disse que ele estava fazendo ela sentir muita dor em relação ao término do relacionamento e ela faria ele sentir essa mesma dor. Chegou, inclusive, a ameaçar diretamente matar os pais dele”, explicou a delegada.

Imagens divulgadas pela Polícia Civil do Tocantins mostram o momento em que o executor foi preso em Joinville (SC). No vídeo, o rosto do suspeito foi borrado pela Secretaria de Segurança Pública antes do envio. Os policiais foram até o apartamento em que ele estava e realizaram a prisão.

Viagem ao local do crime

Durante as investigações, os policiais identificaram que, após o fim do casamento, a mulher encontrou um novo namorado, que é o suspeito de executar as vítimas. Os dois viajaram de Santa Catarina para o Tocantins, para que o homem pudesse conhecer Pium.

Durante a viagem, os dois visitaram o assentamento onde o crime aconteceu. Tempos depois, a ex-nora voltou para Santa Catarina e o homem ficou no Tocantins, período em que teria cometido o assassinato. Os suspeitos se reencontraram em Goiás e continuaram a viagem até Joinville.

Morte dos pastores

O crime aconteceu no dia 17 de junho de 2025 em Pium, região oeste do Tocantins. Os pastores foram encontrados com ferimentos de bala na cabeça, por um filho das vítimas, segundo a Polícia Militar. Testemunhas afirmam ter visto um homem deixando o local em uma moto. As mortes foram constatadas por profissionais de saúde no local. Conforme a PM, o filho e alguns vizinhos tentaram prestar socorro ao casal.

O suspeito teria estacionado a motocicleta a aproximadamente 30 metros e corrido até a casa do casal. Em seguida, foram ouvidos disparos de arma de fogo e o suspeito correu de volta para o veículo e fugiu.

Assassinato chocou vizinhos

Casa onde aconteceram os assassinatos, em assentamento de Pium — Foto: Matheus Dias/TV AnhangueraCasa onde aconteceram os assassinatos, em assentamento de Pium — Foto: Matheus Dias/TV Anhanguera

Na época em que o crime aconteceu, os moradores do assentamento Pericatu ficaram assustados, pois nada parecido havia acontecido na região. Para a moradora Ivanilde Gomes, foi a primeira vez que algo tão violento foi registrado.

“Ficamos assustados porque já aconteceu de pessoas morrerem por doença, né? Mas um caso desse nunca tinha acontecido na nossa comunidade. O casal eram pessoas de bem. Nunca teve problema, sempre ajudou a comunidade, sempre prestativo”, comentou.

Os pastores eram dirigentes de uma igreja evangélica Assembleia de Deus Madureira. Segundo o pastor Jonas Figueiredo, que era da mesma congregação, os dois eram conhecidos pela comunidade local. “Um casal muito querido pelas pessoas”.





Fonte: Alagoas 24h

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