Família e amigos de Silene Monteiro de Oliveira – assassinada a pauladas e marteladas pelo ex-companheiro em outubro do ano passado – irão realizar um ato no Fórum de Marechal Deodoro durante o julgamento do réu confesso, identificado apenas como Henrique. A mobilização, prevista para iniciar às 9h, será marcada por um ato de luto…
Família e amigos de Silene Monteiro de Oliveira – assassinada a pauladas e marteladas pelo ex-companheiro em outubro do ano passado – irão realizar um ato no Fórum de Marechal Deodoro durante o julgamento do réu confesso, identificado apenas como Henrique.
A mobilização, prevista para iniciar às 9h, será marcada por um ato de luto e resistência, com participantes vestindo branco ou usando elementos simbólicos da ancestralidade para exigir justiça para Silene, vítima de um assassinato brutal e motivado por intolerância religiosa.
Silene foi cruelmente assassinada em sua casa em outubro de 2024, com 20 facadas e golpes de martelo na cabeça. O crime chocou a comunidade e levantou questões sobre feminicídio e racismo religioso. Após ocultar o corpo por um dia, Henrique se entregou à polícia e, durante seu depoimento, relatou que Silene “implorou pela própria vida” enquanto era brutalmente atacada. Ele ainda afirmou que não aceitava a religião de Silene, uma praticante de candomblé, e acusou-a de induzi-lo a matar seu próprio pai.
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Entre os argumentos para o assassinato, Henrique disse que não aceitava a religião dela, que “Silene praticava magia negra e o induzia a matar o próprio pai”. Praticante de candomblé, Silene era uma Ekedi de Oyá, ou seja, foi escolhida pelo orixá para desempenhar um papel de zeladora, cuidadora e auxiliadora nos rituais e no dia a dia do terreiro.
Mesmo tendo confessado, Henrique arrolou a filha de Silene como testemunha de defesa, o que revoltou a família. Diante da ousadia do assassino e a gravidade dos crimes de feminicídio e racismo religioso, a família e amigos querem chamar atenção para o caso em busca de justiça para Silene.