O influenciador digital foi preso durante a operação Trapaça
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) ofertou denúncia contra oito pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa especializada em fraudes estruturadas, exploração de jogos de azar on-line, lavagem de dinheiro e manipulação de rifas. As investigações tiveram como ponto de partida o cassino virtual “Fortune Tiger” – conhecido popularmente como jogo do tigrinho…
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) ofertou denúncia contra oito pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa especializada em fraudes estruturadas, exploração de jogos de azar on-line, lavagem de dinheiro e manipulação de rifas.
As investigações tiveram como ponto de partida o cassino virtual “Fortune Tiger” – conhecido popularmente como jogo do tigrinho – amplamente divulgado por influenciadores digitais nas redes sociais.
O grupo seria liderado por um ex-policial militar e influenciador digital, que ostentava uma vida de luxo nas redes, divulgando links para apostas e promovendo rifas supostamente manipuladas. Além disso, ele é acusado de utilizar esquemas de lavagem de dinheiro.
Na denúncia, o Ministério Público solicita a condenação do líder a 77 anos e cinco meses de prisão. Para os outros sete acusados, as penas solicitadas somam 177 anos e dois meses, totalizando 254 anos e sete meses de reclusão para todo o grupo.
Entre os denunciados estão a esposa do ex-policial, que também promovia jogos e rifas nas redes sociais, o proprietário formal de veículos de luxo utilizados pelo suposto líder e um sócio em uma das empresas envolvidas no esquema.
O MPAL também aponta a existência de fraudes bancárias e o uso de “laranjas” para a ocultação de bens. Diversos veículos de alto padrão, registrados em nome de terceiros, foram exibidos publicamente nas redes sociais dos investigados.
Operação Trapaça
Em dezembro do ano passado, a Operação Trapaça, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (GAESF) do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), desarticulou o grupo criminoso.
Na ocasião, foram cumpridos oito mandados de prisão e de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, contra pessoas físicas e jurídicas, tanto em Maceió quanto na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo. Dos mandados de prisão, dois foram em Alagoas e, os outros dois, em SP.
Na casa de um dos alvos, o Gaesf apreendeu cerca de R$ 20 mil, telefones celulares, documentos e um veículo de luxo.
O nome da operação, desencadeada em dezembro do ano passado, fez alusão ao engano que é praticado contra as vítimas, levando-as a se envolver com jogos de apostas, como se eles pudessem oferecer a elas uma ascensão rápida econômica, o que não corresponde a realidade em razão da enganação que há por trás desses jogos.
Ainda durante a ação, o ex-policial e influenciador digital foi preso. O influenciador, que é conhecido por uma série de polêmicas e por esbanjar uma vida de luxo, passou pela audiência de custódia, mas o magistrado optou por atender o pedido do Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal (Gaesf) do Ministério Público Estadual e mantê-lo preso preventivamente.
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