segunda-feira, agosto 4, 2025
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Milton Nascimento abre processo contra o Cruzeiro


Créditos: Instagram/Milton Nascimento/Augusto Nascimento

A equipe de Milton Nascimento publicou uma nota de esclarecimento sobre o processo aberto pelo cantor conta o Cruzeiro. A ação foi noticiada no último fim de semana pelo colunista Ancelmo Gois. Ele informou que o artista, a Sony Music e os músicos Lô Borges e Márcio Borges, da antiga formação do Clube da Esquina,…

A equipe de Milton Nascimento publicou uma nota de esclarecimento sobre o processo aberto pelo cantor conta o Cruzeiro. A ação foi noticiada no último fim de semana pelo colunista Ancelmo Gois. Ele informou que o artista, a Sony Music e os músicos Lô Borges e Márcio Borges, da antiga formação do Clube da Esquina, acionaram a Justiça do Rio contra o clube mineiro pelo uso da música “Clube da Esquina nº 2” em um vídeo de anúncio da contratação de Gabigol, veiculado em 1º de janeiro de 2025.

“Esclarecemos que trata-se de uma ação legítima por uso não autorizado de sua obra musical em uma campanha publicitária do clube”, escreveu a equipe de Milton Nascimento, continuando: “A música foi utilizada para anunciar a contratação de um jogador de forma claramente promocional, sem qualquer autorização ou tentativa de diálogo prévio, o que configura violação direta da Lei de Direitos Autorais”.

A equipe do músico ainda afirmou no comunicado que “tentativas amigáveis de resolução foram feitas, porém foram ignoradas”. A publicação, compartilhada no último domingo (3), acumula mais de 38 mil curtidas no Instagram. Ele segue:

“Reiteramos que a música é trabalho, é sustento, é propriedade intelectual. Assim como um jogador de futebol é remunerado por seu ofício, compositores e artistas também têm o direito de decidir quando, como e por quem suas obras podem ser usadas. Em casos assim, é necessário separar a idolatria, e se entender que o Clube, para além do sentimento, é uma empresa/marca, que visa e tem lucros; e a música, para além do entretenimento que gera, é um trabalho sério, um patrimônio do autor e fonte de renda”.

No texto, a equipe faz ainda a seguinte analogia:

“Imagine se alguém entrasse em uma grande rede de supermercados pertencente ao proprietário do Clube, pegasse os produtos das prateleiras e, ao chegar ao caixa, solicitasse os itens gratuitamente, por amor ao time. Seria aceito? Ou, até mesmo, solicitar que os jogadores joguem ou façam campanhas publicitárias sem a sua devida remuneração, apenas por amor. É exatamente isso que acontece quando se exige o uso gratuito de uma obra musical com fins comerciais, em nome de uma suposta homenagem”.

Por fim, o comunicado repudia o ataque de ódio que o cantor tem recebido nas redes sociais.

“Lamentamos profundamente o ódio destilado nas redes sociais contra Milton, com ataques etaristas e ofensivos, que nada têm a ver com o mérito da questão. Comentários criminosos estão sendo registrados e medidas legais serão tomadas individualmente. A internet não é terra sem lei. Essa não é uma briga por dinheiro. É uma defesa legítima do trabalho artístico, do direito autoral e do respeito à profissão”, finalizam.

O que diz o Cruzeiro?
O clube enviou uma nota ao Globo Esporte afirmando que recebeu notificação extrajudicial há seis meses. Confira a nota completa:

“O Cruzeiro informa que não recebeu qualquer citação referente ao processo mencionado na reportagem, portanto, desconhece o exato teor da demanda.

Contudo, o clube esclarece que recebeu uma notificação extrajudicial, há aproximadamente seis meses, com alegação de violação de direitos autorais por ter compartilhado, em colaboração, um vídeo divulgado na página pessoal do atleta Gabriel Barbosa.

Em resposta, o Cruzeiro se posicionou contrário à notificação, uma vez que não houve qualquer violação autoral por parte do clube, que apenas compartilhou, em formato collab, o vídeo postado pelo atleta, que continha fundo musical extraído da galeria musical do Instagram, disponibilizada pela plataforma digital a todos os usuários, com a referência clara aos criadores musicais ao longo de toda a sua exibição.

O compartilhamento da postagem pelo Cruzeiro foi apenas de cunho editorial, até como uma forma de homenagem ao artista que, em inúmeras ocasiões, declarou ser torcedor do clube, sem qualquer edição adicional que justifique violação autoral ou qualquer intuito de exploração da obra musical”.





Fonte: Alagoas 24h

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