Identificada pela Polícia Civil, a mulher que tragou cigarro e soprou fumaça na boca de cachorro pode pegar uma pena de até cinco anos de prisão pelo crime de maus-tratos aos animais. O caso aconteceu na Barra Nova, em Marechal Deodoro, Região Metropolitana de Maceió, e viralizou nas redes nessa quarta-feira (12).
Em contato com o TNH1, o delegado Robervaldo Davino, titular da Delegacia dos Crimes Ambientais e Proteção Animal (DCAPA), explicou que a polícia ainda investiga a data exata do ocorrido para, se possível, realizar a prisão em flagrante. Senão, o inquérito será concluído e enviado à Justiça, pedindo o mandado de prisão.
Além disso, de acordo com o nome que a PC tem em mãos, a suspeita já responderia por tráfico de drogas e foi autuada em flagrante em 2024. A investigação irá apurar se o caso se refere à mesma pessoa. Apesar do crime ter ocorrido em Marechal, a mulher seria residente da capital alagoana.
No momento, a DCAPA e a Regional de Marechal Deodoro, sob o comando da delegada Liana Franca, trabalham em conjunto para localizar a mulher e ouvi-la.
Qual a pena que ela pode pegar?
A lei 14.064 de 2020 determina uma pena de dois a cinco anos de prisão, proibição da guarda do animal e multa, cujo valor será determinado pelo juiz durante a audiência, conforme a gravidade do caso concreto.
A presidente da Comissão de Bem-Estar Animal da OAB-AL (Ordem dos Advogados do Brasil), Walma Gonçalves, informou que está ciente do caso, tendo tomado conhecimento por meio da denúncia divulgada nas redes sociais.
O caso
O vídeo, que foi publicado pela suspeita em seu perfil no Instagram, mostra ela tragando um cigarro, aparentemente de maconha, e soprando a fumaça na boca do cachorro. Além disso, a mulher segurou o focinho do cachorro para obrigá-lo a inalar a fumaça.
Walma explicou que possa haver um agravante, por possivelmente se tratar de um entorpecente ilegal. No entanto, se o animal vier a morrer por causa de maus-tratos, por exemplo, a pena seria aumentada de um sexto a um terço.
Quem tiver informações sobre o paradeiro da mulher pode entrar em contato por meio do Disque-Denúncia, através do telefone 181. Todas as ligações são anônimas, para preservar o sigilo do denunciante.
