Documentos das vítimas foram apreendidos
Uma investigação da Divisão Especial de Combate à Corrupção resultou em uma operação, deflagrada na manhã desta terça, 19, que cumpriu 15 mandados de busca contra acusados de integrar uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e contratação de empréstimos consignados não autorizados. LEIA MAIS NOTÍCIAS DE MACEIÓ E DA REGIÃO METROPOLITANA O esquema…
Uma investigação da Divisão Especial de Combate à Corrupção resultou em uma operação, deflagrada na manhã desta terça, 19, que cumpriu 15 mandados de busca contra acusados de integrar uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e contratação de empréstimos consignados não autorizados.
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O esquema consistiria na falsificação dos documentos de beneficiários do INSS, usando fotos de idosos como laranjas, e a contratação de empréstimos até o limite da margem sem autorização da vítima. Uma dessas laranjas, inclusive, pode ter sido morta em 2024, na cidade de Marechal Deodoro, por contrariar o líder da quadrilha.
Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca domiciliar, além de um mandado de prisão preventiva expedido contra o líder do grupo criminoso. O cumprimento das buscas ocorreu nos bairros Cidade Universitária, Santa Lúcia, São Jorge, Jacintinho e Feitosa, Maceió. Foram apreendidos documentos das vítimas, falsas procurações, aparelhos eletrônicos, entre outras provas que serão periciadas.
O líder da organização foi formalmente cientificado da ordem de prisão no Presídio de Segurança Máxima, onde já se encontra detido por homicídio qualificado, passando agora também a responder pelos crimes de estelionato qualificado, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa.
Segundo a investigação, em apenas um dos golpes, o prejuízo da vítima ultrapassou R$ 500 mil. Os investigadores, no entanto, estimam que o montante seja muito maior, uma vez que apenas cinco investigados movimentaram cerca de oito milhões de reais em créditos suspeitos em apenas um ano e oito meses, sem comprovação de origem lícita.
O líder da organização tem 56 anos e cumpre pena no Presídio de Segurança Máxima. Embora se apresentasse como construtor de imóveis, sua principal atividade consistia em fraudar idosos e instituições bancárias.
Histórico de golpes contra idosos
Entre as 12 pessoas investigadas, cinco já possuem histórico de fraudes contra idosos ou contra o INSS. O líder da organização criminosa responde a processo na Justiça Federal e chegou a ser preso pela Polícia Federal por viabilizar aposentadorias em nome de pessoas inexistentes. A apuração revelou, contudo, que mesmo após a prisão, ele conseguiu reorganizar o grupo e preservar o patrimônio acumulado a partir de golpes anteriores.