domingo, setembro 28, 2025
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PF prende delegado que esteve à frente das investigações sobre a facada em Jair Bolsonaro


A Polícia Federal em Minas Gerais prendeu o delegado Rodrigo de Melo Teixeira, ex- superintendente da instituição em Minas Gerais, dentro da operação realizada nesta quarta-feira contra uma organização criminosa responsável por crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro. Ele era o terceiro na hierarquia da cúpula da PF até deixar o cargo no final…

A Polícia Federal em Minas Gerais prendeu o delegado Rodrigo de Melo Teixeira, ex- superintendente da instituição em Minas Gerais, dentro da operação realizada nesta quarta-feira contra uma organização criminosa responsável por crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro. Ele era o terceiro na hierarquia da cúpula da PF até deixar o cargo no final de 2024.

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Atualmente Rodrigo de Melo Teixeira atuava na Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, ligada ao Serviço Geológico do Brasil.

Quem é o delegado Rodrigo de Melo, preso em operação da PF e investigador da facada de Bolsonaro?
Em 2018, Rodrigo Teixeira esteve a frente das investigações da facada sofrida pelo então candidato a presidente Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora na Zona da Mata Mineira. Rodrigo também deu início às investigações sobre o rompimento da barragem em Brumadinho em 2019.

No ano passado, Teixeira foi nomeado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira para o Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras.

Rodrigo também foi secretário adjunto da Secretaria de Defesa Social, presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais, além de secretário municipal de Segurança e Prevenção de Belo Horizonte.

Ao todo, a operaçaõ da Polícia Federal prendeu 17 pessoas, de 22 mandados de prisão.

A CBN tenta contato com a defesa de Rodrigo de Melo Teixeira.

Além dele, também está preso o diretor da Agência Nacional de Mineração Caio Mário Trivellato Seabra Filho.

A investigação também pediu o afastamento de servidores públicos, o bloqueio de ativos no valor de R$ 1,5 bilhão e a suspensão das atividades das pessoas jurídicas envolvidas. Os alvos da operação integram um conglomerado formado por mais de 40 empresas.

O grupo investigado teria subornado servidores públicos em diferentes órgãos estaduais e federais de fiscalização e controle nas áreas ambiental e de mineração, com o objetivo de obter autorizações e licenças ambientais fraudulentas. Essas autorizações eram utilizadas para explorar irregularmente minério de ferro em larga escala, inclusive em locais tombados e próximos a áreas de preservação, provocando graves consequências ambientais e elevado risco de desastres sociais e humanos.

Crimes com órgãos de fiscalização

O inquérito, aberto em 2020, aponta que foram oferecidos valores a integrantes de órgãos como a Agência Nacional de Mineração, o IPHAN, a Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, entre outros.

Mais de R$ 3 milhões foram pagos em propina aos agentes. Alguns dos alvos são suspeitos de receber uma espécie de mesada para favorecer os interesses da organização criminosa.

Além dos pedidos de prisão de empresários, a Justiça Federal determinou o afastamento de servidores públicos.

A Polícia Federal identificou projetos em andamento vinculados ao grupo investigado com potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.

Responsabilização pelos crimes

Os suspeitos poderão responder por crimes ambientais, usurpação de bens da União, corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e embaraço à investigação de organização criminosa.

Além da PF, também participam da operação a Controladoria-Geral da União, o Ministério Público Federal e a Receita Federal.

A CBN procurou a Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, o IPHAN e a Agência Nacional de Mineração. A reportagem aguarda um posicionamento.





Fonte: Alagoas 24h

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