Em meio à situação de emergência por conta da enchente que já afeta mais de 4 mil pessoas, o Rio Acre subiu quase 60 centímetros nas últimas 24 horas e marcou 15,71 metros na medição das 9h deste sábado (15), segundo a Defesa Civil de Rio Branco.
Na medição das 9h de sexta-feira (14), o nível estava em 15,17m. Ou seja, foram 54 centímetros de elevação entre a sexta e o sábado no mesmo horário.
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A cota de alerta do Rio Acre na capital é de 13,50 metros e a de transbordo é de 14 metros. O manancial na capital está acima desta marca desde segunda-feira (10) e chegou a ter vazante na terça (11) e quarta (12). No entanto, ainda na noite de quarta, voltou a subir e segue neste ritmo a cada medição, que é feita a cada três horas. Neste sábado, o boletim parcial da Defesa Civil aponta que são:
Cerca de 4,1 mil famílias diretamente afetadas pela enchente;
Pelo menos 69 famílias no abrigo do Parque de Exposições;
Cerca de 189 famílias desalojadas, ou seja, que estão na casa de parentes ou amigos;
15 comunidades rurais afetadas, dentre elas três são isoladas, e 930 famílias rurais atingidas;
41 bairros da capital atingidos.
O rio também teve elevação entre as medições já feitas neste sábado. Às 6h, o nível marcou 15,64m, após encerrar a sexta com 15,51m às 21h.
Situação no interior
No interior, dados da Defesa Civil Estadual indicam que o rio está em transbordamento no município de Porto Acre, onde marcou 13,30m na manhã de sábado. Em Plácido de Castro, outro município em transbordamento, o Rio Abunã está com 12,72m, porém, em estabilidade.
Outra cidade onde há transbordamento é Cruzeiro do Sul. Por lá, o Rio Juruá marcou 13,40 metros, o que representa um aumento de dois centímetros em relação à primeira marca de sexta, quando ficou em 13,38 metros.
O prefeito Tião Bocalom decretou, na tarde desta sexta-feira (14), situação de emergência devido à enchente do Rio Acre na capital acreana. O nível das águas chegaram a 15,33 às 15h desta sexta. Anteriormente, ao meio-dia, a marcação era de 15,24 metros, já tendo subido sete centímetros naquela ocasião.
“Vamos encaminhar para Brasília para ser feito o reconhecimento pela Defesa Civil Nacional e, a partir disso aí, a gente vai poder fazer as aquisições e compras necessárias. Precisamos ampliar os abrigos, comprando alimentação, colchões e outros itens que precisam ser comprados para atender a população de emergência. Se não tiver o decreto, a gente demora demais a comprar e o momento não permite esperar uma licitação”, explicou Bocalom.