quinta-feira, março 13, 2025
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Taxista morre após árvore cair sobre carro durante fortes chuvas



Uma pessoa morreu na tarde desta quarta-feira (12) por causa da chuva que provocou caos em diversas regiões da cidade de São Paulo. Houve também relatos de granizo e vidros quebrados pela força do vento, além de até 176 mil pessoas sem luz na área atendida pela Enel.

Segundo o Corpo de Bombeiros, uma árvore caiu sobre um táxi na avenida Senador Queiroz, na região da Sé, no centro. O motorista do veículo, de 43 anos, foi atingido e morreu. O caso ocorreu pouco depois das 17h. Outras duas pessoas que estavam no veículo foram socorridas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O estado de saúde delas não foi informado.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o táxi, um Toyota Etios, estava na via quando árvore tombou sobre ele. O caso foi registrado como morte suspeita pelo 8º Distrito Policial (Brás), que requisitou perícia.

Inicialmente, os bombeiros disseram que a morte teria ocorrido na rua Arthur de Azevedo, em Pinheiros, zona oeste. No local, entretanto, uma outra árvore também atingiu um veículo e três pessoas foram socorridas sem ferimentos.

A mesma árvore, conforme a Defesa Civil estadual, acertou um restaurante e houve desabamento parcial do teto. Não há relatos de feridos.

Por causa da chuva forte, a capital paulista entrou em estado de atenção para alagamentos.

Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da Prefeitura de São Paulo, o aviso foi dado às 16h38, para praticamente toda a cidade, com ênfase para as marginais Pinheiros e Tietê.

A Defesa Civil estadual emitiu às 16h55 “alerta severo” de chuva para os celulares de quem estava nas zonas oeste e norte, além do centro.

Conforme o CGE, imagens do radar meteorológico mostraram chuva forte na zona oeste, que atuou de forma lenta e isolada em outras regiões.

O órgão municipal apontou potencial para alagamentos e rajadas de vento. O estado de atenção para alagamentos em toda a cidade terminou às 18h20.

Às 21h25, segundo a Enel, cerca de 141 mil imóveis ainda estavam sem energia nos 24 municípios atendidos pela empresa na região metropolitana de São Paulo -na capital paulista, o problema atingia aproximadamente de 127 mil endereços.

Bairros como Santa Cecília, no centro, e Pinheiros e Alto de Pinheiros ficaram sem luz.

De acordo com a Enel, a região oeste da cidade foi a mais afetada. A empresa disse que equipes trabalhavam para reestabelecer a energia.

Houve relatos de queda de granizo, além de galhos de árvore, principalmente em Pinheiros, e na região central.

Uma árvore caiu no largo do Arouche, na região da República, centro, e interrompeu o trânsito. Perto dali, na praça Rotary, na Vila Buarque, outra árvore destruiu uma banca de jornal.

Também há relato de uma árvore caída na rua Amaral Gurgel. Na rua dos Pinheiros, em Pinheiros, um carro acabou atingido.

O Corpo de Bombeiros disse ter recebido, até às 19h, 158 chamados para queda de árvores, quatro para enchentes e três para desabamentos.

Por causa da queda de árvores, as aulas no colégio e na universidade Mackenzie, na região de Higienópolis, no centro, foram suspensas na noite desta quarta e na manhã desta quinta (13).

A chuva no fim da tarde teve reflexos diretos no trânsito. Às 18h havia 1.043 km de congestionamento na cidade, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O recorde do ano foi atingido às 19h de terça-feira (11), quando também choveu, com a marca de 1.174 km de lentidão.

O motorista que estava nas regiões de Pinheiros, Vila Olímpia e Butantã, também na zona oeste, encarrou grandes engarrafamentos no início da noite desta quarta.

A chuva prejudicou ao menos nove linhas de ônibus na região central e a falta de energia afetava outras quatro de trólebus.

Conforme o CGE, houve rajadas e vento de 62,9 km/h em Santana, zona norte, às 17h20. Na região da Sé, onde caiu a árvore que matou o taxista, a ventania atingiu 61,6 km/h, às 17h10.

A Sé registrou o maior acumulado de chuva, com 23,2 mm, conforme o Cento de Gerenciamento de Emergências, seguido por Pinheiros e Vila Madalena (22,4 mm) e Butantã (18,6 mm).

No prédio da Câmara Municipal, também na região da Sé, o acúmulo de granizo em ralos de escoamento externos fez com que parte da água da chuva escoasse para dentro do prédio.

Um auditório da Casa do subsolo foi atingido pela água. Não houve danos estruturais nem perda de equipamento. O espaço será liberado para uso nesta quinta.

O Imnet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu nesta quarta-feira (12) dois alertas para acumulados de chuva abrangendo o extremo sul do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e o litoral sul de São Paulo.

Essas regiões estão sob avisos laranja (perigo) válidos até a manhã de quinta (13). A previsão indica volumes de chuva de até 100 mm em 24 horas.

Todo o estado de São Paulo foi colocado sob alerta amarelo do Inmet, de perigo potencial para chuva, até às 10h desta quinta-feira (12).

Conforme o órgão federal, nesta situação a previsão é de até 50 mm de acumulado de chuva.



TNH1

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