sexta-feira, março 14, 2025
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Veja cuidados em cada fase da vida para evitar doenças renais


A saúde renal é influenciada por diversos fatores, incluindo condições cardíacas, hábitos alimentares, adesão a tratamentos e uso de medicamentos específicos. A conscientização sobre esses fatores e a implementação de estratégias preventivas e terapêuticas adequadas são essenciais para reduzir a incidência e a progressão da doença renal crônica.

Em 13 de março foi instituído como o “Dia Mundial do Rim”, com o objetivo de promover a conscientização sobre a saúde renal e alertar para a prevenção de doenças que afetam os rins. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa para 2025 é que cerca de 10% da população mundial sofra de doença renal crônica (DRC).

Para a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a prevalência global é de cerca de 7,2% entre pessoas acima dos 30 anos, aumentando esse percentual entre indivíduos acima de 64 anos (de 28% a 64%). Ainda segundo a SBN, a detecção precoce e a prevenção são essenciais para evitar complicações graves, como a insuficiência renal.

Aline Moreira Morais, professora do curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera Taboão da Serra, enfatiza o papel dos rins na realização de funções vitais, como filtrar toxinas, controlar a pressão arterial e regular o equilíbrio de líquidos e eletrólitos. “Quando os rins não funcionam adequadamente, diversas funções são comprometidas, e a homeostase do organismo fica em risco”, explica.

Fatores que prejudicam os rins

Os principais fatores que afetam a saúde renal incluem o consumo excessivo de sal, a baixa ingestão de água, o uso indiscriminado de medicamentos, doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e hábitos alimentares prejudiciais. “Uma dieta rica em proteínas e ultraprocessados sobrecarrega os rins e contribui para a inflamação no organismo. Além disso, o sedentarismo e a obesidade aumentam consideravelmente o risco de desenvolvimento de doenças renais“, destaca Aline Moreira Morais.

Prevenindo doenças renais em crianças e adolescentes

Para prevenir problemas renais em crianças e adolescentes, os hábitos alimentares devem ser tratados como um ponto de atenção. A educação alimentar e a realização de hábitos saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, devem ser priorizadas.

“Evitar o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em sódio e açúcares, e incentivar a hidratação adequada são medidas fundamentais para proteger a função renal desde cedo. A orientação de pais e educadores também desempenha um papel crucial na formação de hábitos saudáveis que podem perdurar por toda a vida”, explica a professora do curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera.

Evitar o sedentarismo é essencial para manter a saúde renal (Imagem: Drazen Zigic | Shutterstock)

Nos jovens adultos, especialmente na faixa dos 20 aos 40 anos, a saúde renal é frequentemente negligenciada devido à ausência de sintomas evidentes. No entanto, o sedentarismo, o estresse crônico e o consumo excessivo de substâncias como álcool e café podem prejudicar a função renal. “É fundamental que, mesmo sem sintomas, jovens realizem exames periódicos e mantenham uma dieta balanceada para evitar problemas renais no futuro”, destaca Aline Moreira Morais.

Cuidados importantes a partir dos 40 anos

A partir dos 40 anos, a função renal tende a declinar naturalmente. “Para pessoas nessa faixa etária, o controle da pressão arterial, a gestão de doenças crônicas como diabetes e a redução do consumo de sódio e proteínas são medidas preventivas essenciais. Além disso, exames regulares de função renal são cruciais, pois o diagnóstico precoce pode evitar complicações graves”, enfatiza Aline Moreira Morais.

Prevenção é o melhor caminho

A professora também ressalta a importância de adaptar os cuidados renais conforme a idade. “Embora as doenças renais sejam mais prevalentes na população idosa, elas podem ser prevenidas ou tratadas de maneira mais eficaz quando começamos a adotar hábitos saudáveis desde a infância e continuamos esses cuidados ao longo da vida. Prevenir é sempre melhor do que tratar”, conclui.

Por Bianca Lodi Rieg



TNH1

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