Vinícius Schmidt/Metrópoles
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta sexta-feira (19) uma ação da Mesa Diretora do Senado que busca restringir decisões judiciais sobre busca e apreensão nas dependências do Congresso. Os ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes votaram para fixar que é competência exclusiva do Supremo autorizar busca e apreensão nas dependências do Congresso Nacional e em imóveis funcionais ocupados…
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta sexta-feira (19) uma ação da Mesa Diretora do Senado que busca restringir decisões judiciais sobre busca e apreensão nas dependências do Congresso.
Os ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes votaram para fixar que é competência exclusiva do Supremo autorizar busca e apreensão nas dependências do Congresso Nacional e em imóveis funcionais ocupados por parlamentares.
A ação está em julgamento no plenário virtual do Supremo. Os votos podem ser inseridos no sistema eletrônico até o dia 26.
A análise ocorre em um momento de tensão entre Judiciário e Legislativo, que nesta semana avançou com propostas para proteger congressistas de processos judiciais e para anistiar condenados pelo 8 de Janeiro.
O caso em julgamento, no entanto, chegou ao Supremo em 2016, quando a Mesa do Senado questionou a legalidade da Operação Métis – a qual apurava um suposto esquema para atrapalhar investigações da Lava Jato contra parlamentares.
À época, houve a suspeita de que policiais legislativos teriam realizado ações de contrainteligência nos gabinetes e residências de senadores. A operação, que foi autorizada pela Justiça Federal em Brasília, acabou arquivada pelo STF e sem apontar irregularidades.
Não é tentativa de blindagem, diz Senado
Ao Supremo, a Mesa do Senado alegou que não se trata de uma tentativa de blindar parlamentares.